Regozijo

Eu estava só.
Completamente só e, dessa vez, definitivamente.
Jéssica foi embora pra não mais voltar.
E eu só tinha Jéssica.


Mandei ela tomar no cu há quinze minutos atrás, disse que ela é uma vadia, idiota, que não sabe nem limpar uma casa.
Cadela imprestável.
Que morra na rua, de fome ou de sífilis.


Apaguei a vela.
Parabéns pra mim.




2 comentários:

gui | 26 de agosto de 2011 às 23:53

Ausência como presente de aniversário irônico.
O texto como presença da ausência.
Algo assim, meio comentário que se faz à meia noite de uma sexta-feira.

Thales Vieira | 31 de agosto de 2011 às 15:08

Talvez o aniversário seja apenas uma celebração. Talvez a chama que se apaga não é da vela, mas a do sentimento que morre. Talvez tudo não passe de algumas metáforas fracas de um aspirante a escritor. Talvez sim, talvez não.
Meio assim, meio talvez, numa quarta-feira pelo meio da tarde.