Eu estava só.
Completamente só e, dessa vez, definitivamente.
Jéssica foi embora pra não mais voltar.
E eu só tinha Jéssica.
Mandei ela tomar no cu há quinze minutos atrás, disse que ela é uma vadia, idiota, que não sabe nem limpar uma casa.
Cadela imprestável.
Que morra na rua, de fome ou de sífilis.
Apaguei a vela.
Parabéns pra mim.
2 comentários:
Ausência como presente de aniversário irônico.
O texto como presença da ausência.
Algo assim, meio comentário que se faz à meia noite de uma sexta-feira.
Talvez o aniversário seja apenas uma celebração. Talvez a chama que se apaga não é da vela, mas a do sentimento que morre. Talvez tudo não passe de algumas metáforas fracas de um aspirante a escritor. Talvez sim, talvez não.
Meio assim, meio talvez, numa quarta-feira pelo meio da tarde.
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